O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, apresentou o Anuário Estatístico da Segurança Pública 2012, uma análise inédita e detalhada dos registros de crimes ocorridos em Manaus nos dois últimos anos e os homicídios dos primeiros cinco meses de 2013, comparado com igual período do ano passado. A capital do Estado completou, em maio, dez meses seguidos de redução dos crimes de homicídio na comparação com igual período de 2012.
 
Conforme a análise dos dados criminais apresentados pelo secretário de Segurança Pública, coronel PM Paulo Roberto Vital, de janeiro a maio deste ano foram registrados 282 homicídios na capital, quantitativo que é 32% menor do que no mesmo período de 2012, que teve 411 assassinatos. A redução progressiva é atribuída ao investimento em qualificação dos profissionais da segurança, estrutura e implantação do programa Ronda no Bairro.
 
“Isso significa que nos últimos dois anos o sistema de segurança deixou um filosofia ortodoxa para trabalhar com base em conhecimento científico. A segurança pública daqui vive dois momentos: as estatísticas apontam para uma situação antes da implantação do Ronda e outra com o programa todo implementado na capital”, observou Vital.
 
Os meses de janeiro e abril foram os que registraram as maiores reduções de homicídios, com percentuais superiores a 40%. “Nos últimos oito anos, é a primeira vez que registramos uma queda tão significativa nas mortes violentas na capital, uma redução histórica que será vista em todas as pesquisas nacionais”, disse o secretário.
 
Segundo Vital, o Anuário Estatístico da Segurança Pública 2012 foi produzido por uma comissão instituída na SSP com o objetivo principal de produzir um diagnóstico preciso da criminalidade em Manaus. Para isso, foram coletadas e analisadas informações criminais registradas nos bancos de dados oficiais do sistema, o Infopol e mais recentemente o SISP.
 
O anuário faz uma análise minuciosa de sete naturezas de infrações relacionadas a crimes contra a vida, contra o patrimônio e contra a dignidade sexual, que são homicídio, roubo seguido de morte, lesão corporal dolosa, violência doméstica, estupro, roubo e furto. Também mostra a produtividade das polícias em naturezas de tráfico e porte de entorpecentes, armas de fogo apreendidas e localização de veículos roubados.