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Amazonino é ou não é ‘o cara’? Para os aliados de Braga é, sim


Por Raimundo de Holanda

03/03/2016 23h39 — em
Bastidores da Política



Amazonino é ou não é ‘o cara’? Para os aliados do ministro Eduardo Braga é, sim. E não é qualquer um, é o maior de todos, “o maior ganhador de eleições no Amazonas; o maior realizador de obras no governo”. Foi com expressões desse naipe que o líder de Braga na Assembleia, Wanderley Dallas comemorou ontem os 15 anos da UEA, definindo o Negão como “o homem que vislumbrou o futuro criando a UEA”. Só que na empolgação Dallas esqueceu dos ‘pecados’ do seu chefe atual e tascou elogios ao projeto de Amazonino para transportar o gás de Urucu por barcaças, detonado por Braga. Enquanto o visionário Negão “já enxergava no século passado o gigantesco potencial das hidrovias”, o gasoduto construído no governo de Braga “não deu o resultado prometido, os canos estão enterrados, e o gás não é utilizado em Manaus”. Faltou entrosamento com o chefe.
 
ROSSIELI "APANHA" DE MULHER NA ALEAM
 
Pela primeira vez o secretário Rossieli Soares não mereceu um gesto de defesa da bancada governista, que assistiu a oposição ‘atacar’ o secretário da Seduc por causa do contrato milionário com a Universidade de Juiz de Fora, Minas. A oposicionista Alessandra Campêlo questionou principalmente o fato de a Seduc contratar “fora do Amazonas, serviços que tanto a Ufam quanto a UEA tem condições e capacidade técnica de realizar”. Para ela, Rossieli em plena crise está agindo “contra o governo” mandando dinheiro dos amazonenses para Minas, “quando a gente sabe que Minas não vem comprar nada aqui”. Ontem também surgiu a suspeita de que outros R$ 53 milhões em convênios com a mesma universidade foram gastos desde 2011.
 
SERAFIM PODE SER CANDIDATO A PREFEITO
 
O ex-prefeito Serafim Correa está novamente ‘caminhando’ para disputar a cadeira de prefeito de Manaus. Serafim, que participou de encontro nacional do PSB em Brasília, veio de lá com a recomendação de que o partido lance candidato em qualquer circunstância. Como se trata de um estrategista político, Serafim deve aproveitar também para fazer legenda para a reeleição do filho, Marcelo Serafim. 
 
PRP PERDE COTAS

O juiz Alcides Carvalho Vieira Filho, da 32ª Zona Eleitoral da capital, julgou como não prestadas as contas do Diretório Municipal do Partido Republicano Trabalhista (PRP), referente ao exercício de 2014. Assim, determinou o bloqueio do repasse de cotas do Fundo Partidário ao diretório local.

ABRAÇO DE TAMANDUÁ

A suposta delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS) divulgada pela revista IstoÉ  na quinta-feira, 3, envolvendo o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff mostra, para o deputado federal Pauderney Avelino (DEM), que o senador não agia só. Diz ele que a delação de Delcídio joga a Lava-Jato no colo de Dilma Rousseff e abraça o ex-presidente Lula da Silva definitivamente.

BOMBOU NAS REDES

O furo, ou barrigada da revista IstoÉ, sobre envolvimento da presidente Dilma e do ex-presidente Lula da Silva na Lava-Jato bombou nas redes sociais na quinta-feira, 3. Mas a presidente teve que colocar a tropa de choque na mídia, inclusive o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e a defesa do senador Delcídio Amaral. Ambos negaram a existência de delação do petista.

Em nota, Lobo diz que é inocente

NOTA DE ESCLARECIMENTO


A assessoria do Secretário Afonso Lobo explica decisão judicial divulgada ontem pelo Portal do Holanda, na qual consta  bloqueio de seus bens. Veja a Nota:


"Secretário de Fazenda Afonso Lobo já foi inocentado em ação penal pelo TRF1 e excluído de ação por improbidade administrativa na Justiça Federal do Amazonas
 
 
Em relação à notícia veiculada sobre o bloqueio de bens do secretário de Estado da Fazenda, Afonso Lobo, em caráter liminar, segue esclarecimento:
 
1     - A ação por improbidade administrativa, que hora resulta em decisão liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) pelo bloqueio de bens do secretário de Fazenda, Afonso Lobo, é originária da ação penal movida na Justiça Federal em 2006;
 
2     – Da ação penal, o secretário Afonso Lobo foi inocentado em última instância, com acórdão da decisão publicada pelo TRF1 em 23 de maio de 2014;
 
3     - Por unanimidade, os magistrados da 2ª Sessão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região arquivaram o processo de número 0005215-35.2013.4.01.000/AM, movido pelo Ministério Público Federal (MPF);
 
 
4     – Em um dos trechos da decisão, os desembargadores destacam: "... no conjunto probatório constante dos autos não se verificou a existência de elementos probatórios suficientes para impor uma condenação ao acusado Afonso Lobo Moraes. Na hipótese, a acusação não logrou infirmar (enfraquecer, tirar a força) as declarações prestadas pelo réu em seu interrogatório judicial"; 
 
5     – Passados mais de 5 anos da ação penal, o Ministério Público Federal ajuizou ação por improbidade administrativa contra o secretário de Fazenda Afonso Lobo, mesmo este tendo sido inocentado na ação penal referente ao mesmo caso levado à Justiça em 2006;
 
6      - Após defesa na Justiça Federal local, o secretário de Fazenda foi excluído do processo por improbidade administrativa, conforme decisão da 2ª Vara da Justiça Federal no Amazonas, em decorrência do mesmo já ter sido absolvido na esfera penal e pelo fato de o ajuizamento da ação por improbidade administrativa ter sido feito pelo MPF após prazo previsto por lei para o referido caso, que é de cinco anos;
 
7     – Na sequência dos fatos, o Ministério Público Federal, em outubro de 2015, ingressou com embargos de declaração, pedindo esclarecimentos sobre a decisão, que considerou improcedente a ação por improbidade administrativa contra o secretário Afonso Lobo;
 
8     – Em nova decisão, A Justiça Federal do Amazonas novamente se pronunciou em favor do secretário de Fazenda do Amazonas, confirmando a improcedência da ação por improbidade administrativa, em despacho datado de 15 de outubro de 2015, rejeitando os embargos declaratórios ajuizados pelo Ministério Público Federal;
 
9     – Com duas negativas consecutivas da Justiça Federal do Amazonas, o Ministério Público Federal ajuizou nova ação para que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) mova ação por improbidade administrativa contra o secretário Afonso Lobo, pedido que foi acatado em caráter liminar (sem julgamento de mérito), com bloqueio de bens do mesmo;
 
10  – A defesa do secretário de Fazenda está adotando as medidas necessárias diante da decisão liminar, uma vez que Afonso Lobo já foi absolvido da ação penal em última instância e a ação por improbidade administrativa já foi considerada improcedente pela Justiça Federal do Amazonas em duas recentes oportunidades."
  
 
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ASSUNTOS: ALESSANDRA CAMPELO, Rossieli Soares, Seduc

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.