Bolsonaro coloca farda em cabide de emprego e escancara jogo de poder
- Líder da direita nacionalista se alimenta de velhas práticas
- O perigoso aparelhamento militar do governo
O governo Bolsonaro decidiu escancarar o jogo de poder que pretende impor ao Brasil. Um comando único ideológico, sustentado pelo ‘aparelhamento’ militar dos órgãos do governo. Talvez o próximo decreto do capitão o faça retornar à ativa para comandar com autoridade.
O decreto baixado no dia 23, autorizando a contratação de militares da reserva para todos os órgãos públicos federais, pode transformar em cabide de emprego a máquina estatal.
Com isso, Bolsonaro ressuscita uma ‘velha prática’ das oligarquias políticas tão combatida por ele próprio. O líder da direita nacionalista vem dessa prática ao longo de sua carreira política.
Militares inativos, ou reformados, são aposentados do governo, seus proventos são custeados pelo contribuinte, que a partir de agora terá de pagar mais uma conta ‘salgada’ de salários.
Trata-se de uma medida desnecessária e cruel com os 13 milhões de desempregados, os 11 milhões sem carteira assinada e os 7 milhões de jovens que precisam do primeiro emprego.
ASSUNTOS: Bolsonaro, cabide de emprego, contratação de militares
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.