A luta pelo monopólio do tráfico de drogas entre a FDN e o Comando Vermelho continua. A  mutilação de corpos chegou a um nível assustador. Pessoas são arrancadas de suas casas  e literalmente “sacrificadas”. Enquanto morrem, são  filmadas  e os cadáveres despedaçados  expostos  em aplicativos de celular. É como se as duas organizações fizessem parte de um outro mundo, sem leis, sem ordem, sem disciplina. Ninguém para dizer um basta.

Agora essas organizações dominam bairros com milhares de pessoas, invasões que elas patrocinaram sob o olhar tímido de um Estado omisso ou cúmplice.

Não se quer culpar este ou aquele governante. Essas organizações não surgiram agora. O problema vem de longe, com o envolvimento inclusive de policiais que, segundo documento obtido pela coluna, davam retaguarda ao tráfico.

Mas há invasões novas - como a do Monte  Horebe - onde famílias se  estabeleceram pela força do tráfico e sem que as autoridades agissem. Há a Cidade das Luzes, onde a FDN comanda e faz suas leis.  Há dezenas de bairros em Manaus  sob o controle dessa organização  e as autoridades ou estão perdendo a luta para impor lei e ordem, ou já se renderam ao fascínio que o tráfico oferece.

É preferível admitir que a luta vem sendo perdida, porque é melhor do que sequer supor que uma autoridade tenha mudado de lado. É melhor perder a luta do que se render ao crime.

E na suposição real de que essa luta está sendo perdida, nada mais natural do que rever estratégia, restabelecer a autoridade, dando ao cidadão que vive nessas áreas a segurança de que terá a vida protegida e seus direitos assegurados.

EXTREMA DIREITA E CAOS

A ascensão da extrema direita ao poder nas duas maiores democracias das Américas e a escalada de uma onda de protestos em nível mundial, assusta analistas políticos e causa insegurança jurídica, social e política ao redor do mundo.

No Brasil a aprovação da reforma da Previdência foi um sopro de esperança no ambiente ‘pesado’ criado pelos desentendimentos causados pelo próprio governo.

A conturbação atinge as pessoas e começa a se propagar o medo dos desajustes mentais, que levam ao desespero e até o suicídio, principalmente os jovens inseguros e sugestionáveis.