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Covid-19 e falência da rede hospitalar criam pânico no Amazonas


Por Raimundo de Holanda

03/04/2020 20h39 — em
Bastidores da Política


  • Quando o sistema de saúde entra em colapso, com apenas 45 leitos de UTI ocupados - é porque nunca se cuidou da saúde da população.

O colapso na rede pública de saúde do Amazonas já dura pelo menos  dez anos. Mas um colapso dentro do colapso é uma situação de caos total. Ao dizer que o  sistema de saúde do Estado pode ser afetado drasticamente pela evolução da pandemia, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,  cria um cenário de pânico. O quadro leva a pintura do secretário de Saúde do Amazonas,  Rodrigo Tobias, que fixa uma data para a implosão do sistema: “a gente pode colapsar até domingo e no mais tardar no início da semana”.

Apesar da oferta da rede privada, mais organizada e aparelhada - como Samel e hospital Nilton Lins - que  podem ser contratados - Mandetta e Tobias vendem dificuldade.

Para uma população aflita e indefesa, o discurso dos dois agentes públicos é ruim. Revela incompetência federal e estadual em disponibilizar condições para o enfrentamento da pandemia.

Os governos têm o dever de oferecer esperança, de disseminar otimismo., embora seja  salutar a ideia do confinamento - que deve ser seguido, mas quando o sistema de saúde entra em colapso com apenas 45 leitos de UTI ocupados -  é porque nunca se cuidou da saúde da população.

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ASSUNTOS: Amazonas, confinamento, COVID-19, ministro Mandetta, pandemia, Coronavírus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.