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Gostemos ou não do governador, a hora é de união para tentar deter o coronavírus


Por Raimundo de Holanda

15/04/2020 22h28 — em
Bastidores da Política


  • Não podemos permitir que o caos se instale apenas porque não gostamos do governador. É preciso salvar os mais pobres de um problema de saúde grave, que a cada dia foge do controle das autoridades sanitárias.

Tempos cruéis estes - de medo, morte, desinformação e lucro - lucro com a miséria dos outros, com o pânico que se alastra perigosamente rasgando o tecido social. Enquanto a população, desorientada, assiste o circo pegar fogo e os profetas do caos espalham mentiras pelas redes sociais, os mercadores da saúde também saem do armário para vender, de um lado, facilidades. De outro, as dificuldades que seus negócios fracassados (ou sustentados por interesses meramente eleitorais) provocaram em suas vidas.

O momento é oportuno para vender ilusões. Uns oferecem leitos que não servem para os problemas de agora; outros, espaço que não têm, técnicas que não possuem, milagres que não são capazes de realizar.

É hora de o governador Wilson Lima, imune a esses cantos de sereia, assumir o leme  e conduzir o barco, que ameaça naufragar, a um porto seguro.

Não podemos permitir que o caos se instale apenas porque não gostamos do governador. É preciso salvar os mais pobres de um vírus que se revelou mortal. E sem união quem vai acabar lucrando são as funerárias.

Não podemos permitir que a inveja, a intriga e interesses nada republicanos aprofundem  essa crise.

Por exemplo,  o único fornecedor de respiradores - que entregou 28 unidades em dois dias - foi  acusado de vender apenas vinhos.

Ninguém atentou para o fato de  que outra empresa de sua propriedade trabalha com importações de equipamentos. E estava qualificada para fornecer o produto.

A notícia, mal apurada, viralizou nas redes sociais. E quem estava habilitado para oferecer em tempo recorde mais 500 respiradores, desistiu.

 UM DADO INTERESSANTE - A AMBEV  se ofereceu para bancar a área ociosa do Delfina Aziz - três andares totalmente desocupados. O Governo não aceitou. Por que ? É preciso reavaliar a proposta. O Amazonas precisa da participação de todos neste momento crucial de sua história.

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ASSUNTOS: Amazonas, ambev, Bolsonaro, COVID-19, mandetta, wilson lima, Coronavírus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.