Governo tropeça na expertise e cai na esperteza
O governo do Amazonas chega aos 125 dias ainda sem uma direção definida e com muitos setores atuando fora do eixo. A nova forma de governar posta em prática, peca justamente pela falta de experiência de comandantes novatos.
Nota-se na atual administração uma certa confusão entre a expertise e a esperteza, que são dois substantivos que definem competências e qualidades, porém um tem seus desvios.
A expertise de ‘tarimbados’ técnicos do governo, competentes e especialistas em suas áreas, está sendo desprezada, em nome da esperteza de outros, que vêm atropelando requisitos legais na formatação de contratos e avançam sobre o erário, comprometendo o governo como um todo.
A fórmula de governar com os que na oposição combatiam tenazmente o governo, como sempre está se revelando ineficaz. O porquê é simples: falar é fácil; fazer é bem mais difícil.
O governo ignora o limite conceitual entre o saber e o saber-fazer, que é tênue e contextual. Aí é que se ‘complicam’ com a realidade os espertos que se inspiravam em teses e falácias.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.