Embora o depoimento de Perseverando Garcia, ordenador de despesas da Susam e o homem que mandou pagar os respiradores superfaturados seja o mais esperado nesta segunda-feira, é em Carla Pollake, que depõe na quarta-feira à CPI  da Saúde, que reside a maior preocupação do governo.

Carla tinha uma função  de comando não formalizada e pode ser acusada pela CPI  de “usurpação da função pública’.  E não é só isso: caso a infração seja confirmada, quem deu essa permissão para ela agir com a autoridade de reunir, decidir sobre questões de governo e    apresentar  secretários recém nomeados, responderá por improbidade.

E  por que? Porque não percorreu  o caminho da moralidade, da legalidade e da ética, pois atos que tenham finalidade pública, devem estar em estreita consonância com  essa regra constitucional.

Outra coisa que preocupa é o estilo ousado da Pollake, seu gênio forte, sua determinação de não levar  desaforos para casa. Em CPIs, comportamento assim degeneram e terminam mal.