A rede de fanáticos que alimenta o estilo controverso de Bolsonaro
Depois da forte reação dos novaiorquinos a visita de Bolsonaro a cidade americana, para receber um inusitado titulo de homem do ano, o prefeito da cidade, Bill de Blasio, deu um job- aquele soco que o pugilista dá no rosto do adversário e o leva a nocaute - afirmando que o presidente brasileiro “aprendeu de maneira muito difícil que os novaiorquinos não fecham os olhos para a opressão. Segundo o prefeito da cidade, “aqui nós chamamos atenção para a intolerância”. E acusou Bolsonaro de ter fugido: “Nenhuma surpresa, valentões não aguentam um soco”.
Bolsonaro aos poucos vê seu prestigio internacional ser reduzido a pó. Internamente continua apoiado por um grupo de fanáticos que se alimenta do ódio e da intriga nas redes sociais, dando espaço e força para o presidente brigar com os militares que o apoiaram, desautorizar ministros e brincar de faz de contas com o Congresso Nacional.
Falta muito pouco, mas muito pouco mesmo para ser comparado a Hugo Chaves ou a Nicolás Maduro, com a diferença de que aqui faz opção pelas elites, Corre o sério risco de o Brasil se cansar dele e no final precoce de governo, Bolsonaro se ver na situação humilhante de repetir Collor: “Não me deixem só”.
ASSUNTOS: Bolsonaro, Brasil, Facebook, fanatismo, redes sociais, twitter
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.