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Denúncia de assédio nos colégios militares do Amazonas é imoral


Por Raimundo de Holanda

27/09/2019 17h03 — em
Bastidores da Política



O que era apenas uma guerra por papel higiênico descambou para uma enxurrada de denúncias de assédio moral, sexual e agressões nos colégios militares da rede estadual de ensino, na audiência realizada nesta sexta-feira na  Assembleia Legislativa do Amazonas. Alguns exageros e uma indisfarçável tentativa de desconstruir o conceito de uma instituição séria, que não pode ser maculada  pelo inconformismo de alguns alunos e pais com a disciplina rígida e a metodologia de ensino adotadas.

Há erros, evidentemente, desvios comportamentais de um ou outro professor ou servidor, mas no geral os colégios militares se destacam pela excelência do ensino.

É preciso preservá-los, inclusive contra essa tentativa de desmoralizá-los com denúncias de assedio moral, quando na verdade é a disciplina  militar mal interpretada, essencial  para manter a instituição com foco na formação de cidadãos conscientes de suas responsabilidades e deveres com a sociedade.

Tornar mais seletivo o ingresso de alunos, dando preferência aos que demonstram interesse e alguma capacidade de compreender o tipo de formação que vão receber parece ser uma medida urgente. Ou se terá aberto a porta para destruir uma escola onde ordem, disciplina e saber caminham juntos. Quem perde é a sociedade.

NÚMEROS DA VIOLÊNCIA

A propagada veiculada na TV pelo governo, sobre a redução de homicídios parece não ter levado em conta a chacina ocorrida em presídio de Manaus no mês de março, com 55 mortos. Outra questão que chama a atenção na publicidade oficial é a suposta compra de armas, que não foi realizada agora, mas há três anos, ainda quando era secretário o delegado Sérgio Fontes.

ELOGIO DA DOUTORA LEDA CAUSOU ESTRAGOS

O  elogio exagerado da  Procuradora de Justiça Leda Mara ao promotor Wesley Machado, durante a coletiva de quinta-feira,  provocou  desconforto no Ministério Público. Apesar de dizer que  conta com excelentes promotores, mas que gostaria de  ter nos quadros do MP  100 igual a Wesley Machado, a procuradora personificou uma figura controversa e  minimizou   a importância dos promotores que atuam em outras áreas . Foi mal.

Se a vontade da procuradora pudesse ser concretizada, 100 Wesley Machado ocupando vagas no MP sobrariam suas excelências os  "mais ou menos". Afinal, o total de promotores a serviço do MP  não chega a 100..

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ASSUNTOS: Amazonas, assédio sexual, COLÉGIO MILITAR DA PM, Seduc

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.