Governador nomeia acusada de tráfico, depois exonera. Secom culpa Casa Civil por 'erro'
Um princípio de escândalo surgiu nas páginas do Diário Oficial do Estado: uma delegada acusada de tráfico e de comprar votos para o governador do Amazonas foi nomeada para exercer cargo de confiança no governo. O decreto de nomeação trouxe a assinatura de Wilson Lima e de seus principais assessores. A secretária de comunicação, Daniela Assayag, tentou apagar o fogo que tomava conta do governo na tarde desta quarta-feira. Jogou muita agua, mas não conseguiu dissipar a fumaça e a ameaça de novos incêndios. Segundo Assayag, houve um erro de digitação. Alguém na Casa Civil trocou exonerar por nomear.
O “conserto” veio em seguida, com nova publicação, mas o motor do governo, que já funciona mal, apagou, ficando a suspeita de conluio com irregularidades da campanha e prêmio para quem trabalhou de forma ilícita em nome da ideia do "novo" que agora se revela atrasada e cheia de vícios.
EM TEMPO:
A acusação de que Alessandra utilizava dinheiro do tráfico para comprar votos destinados ao então candidato Wilson Lima foi feita pelos advogados da coligação do ex-governador Amazonino Mendes. A prisão da delegada, por tráfico, ocorreu em 19 de outubro.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.