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Wilson Lima X Judiciário: não basta de crise ? E o cidadão doente, como fica?


Por Raimundo de Holanda

16/04/2020 20h53 — em
Bastidores da Política



O Judiciário decidiu travar uma ‘queda de braço’ com o governo, logo no momento mais preocupante da crise imposta pela pandemia do coronavírus - com 14 mortes nesta quinta-feira apenas no Hospital João Lúcio. E justamente quando o governador Wilson Lima tomava a  decisão, surpreendente para seu estilo reconhecidamente vacilante,  de assumir o comando das ações de combate na área da saúde.

A liminar do juiz César Bandiera, suspendendo o contrato de aluguel do hospital Nilton Lins, acabou criando mais uma crise, que em nada beneficia o cidadão que espera por socorro nos superlotados hospitais do Estado.

Diante de um ‘repente’ do governador, que disse que contrariaria a medida judicial, a Associação dos Magistrados saiu em defesa do processo judicial. Mais lenha na fogueira. Coube ao governador, no final da tarde, acionar a bomba d’agua para apagar um incêndio desnecessário. Um implícito pedido de desculpas foi direcionado ao Judiciário. Boa iniciativa.

Chega de crises. O que o povo espera é que seus governantes e demais  autoridades do Estado trabalhem unidos para enfrentar essa doença que ameaça a todos os amazonenses.

O governador está assumindo um desafio. Chefiar a crise de saúde pública pessoalmente, lado a lado com seu pessoal técnico da área já é um sinal de que está tomando para si uma responsabilidade que vinha sendo permanentemente cobrada pela sociedade.

Este Portal, que sempre fez oposição construtiva a esse governo, reconhece isso. É preciso reconhecer acertos também.

E o hospital de campanha é necessário. Que se discuta os custos, questione-se os valores,  mas não seu funcionamento.

Independentemente da questão judicial,  cidadãos infectados esperam o hospital  para serem atendidos. Hora de união. E de evitar novas crises.

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ASSUNTOS: cesar bandieira, Manaus, mortes por covid no Amazonas, wilson lima, Coronavírus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.