Parto humanizado amplia vínculo e traz benefícios para mãe e bebê
O parto natural, como o próprio nome diz, faz parte da natureza da mulher, requer menos intervenção médica, reduz os riscos de complicações, como hemorragias, e a necessidade de encaminhamento do bebê para UTI neonatal. Além disso, desencadeia de forma mais rápida a liberação dos hormônios que estimulam a produção do leite materno e amplia o vínculo materno-fetal. Este vínculo, criado durante toda a gestação é reforçado durante o trabalho de parto, quando também o bebê se prepara para sua chegada ao mundo.
“O nascimento é um momento muito difícil para o bebê. Ele tem que estar preparado e o trabalho de parto ajuda nesse processo. É muito importante que as mulheres façam o acompanhamento pré-natal desde a descoberta da gravidez, e aproveitem as consultas para esclarecer as dúvidas e sanar medos, respeitando o tempo certo definido pelo próprio bebê”, explica ginecologista e obstetra da Hapvida, Viviane Dórea.
Outro fator que contribui para a ampliação do vínculo da mãe com o bebê é a rápida recuperação. “No parto natural a mãe pode imediatamente cuidar do seu filho, pois ela não fica com limitações, como ocorre nos casos em que o parto ocorre de forma cirúrgica”, diz a especialista.
Consciente da importância de que o nascimento de um filho é um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher, o Hapvida Saúde disponibiliza as mães a forma como o seu bebê chegará ao mundo, dando a ela a opção na escolha do parto.
Em Manaus, a operadora de saúde possui, no hospital materno-infantil São Lucas, duas salas para o parto humanizado, onde a mãe dá a luz oa filho com o acompanhamento da família e de forma natural, podendo fazer a opção de parto de cócoras ou na água.
“Nesse caso a mulher pode ter o apoio de um acompanhante, que pode ser o marido, um familiar ou alguém que lhe transmita confiança”, explica a ginecologista e obstetra.
Embora o parto natural seja comprovadamente melhor para a mãe e para o bebê, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), 55% das mulheres brasileiras optam pelo parto cesáreo. Número quase quatro vezes maior que o índice aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - 15% -, que recomenda o parto cesáreo apenas em casos de complicações reais para a mulher e para o bebê. Ainda de acordo com o MS, uma cesariana, sem indicação médica adequada, aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe.
A escolha por este tipo de parto se dá muitas vezes por ansiedade, medo e falta de informação, afirma Viviane Dórea. Segundo ela, optar por uma cesariana, sem que haja real necessidade, pode gerar riscos tanto para mãe quanto para o bebê.
“A mulher precisa estar tranquila para entender a importância do parto normal e o papel do trabalho de parto neste momento dela e do recém-nascido. A dor, que motiva o medo das mulheres é real, mas é natural e progressiva, nada que a ela não possa aguentar em benefício do seu filho e de si própria”, recomenda a médica, que aconselha, ainda, a prática de atividades físicas como a natação, yoga, hidroginástica e pilates.
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