Acusado de lesionar pacientes, médico alega depressão mas TJ-AM não aceita justicativa
O Tribunal de Justiça do Amazonas invalidou nesta segunda-feira (17) a justificativa apresentada pela defesa do médico Carlos Cury Mansillla para sua ausência a três audiências de instrução a que foi convocado. O médico é acusado de causar lesões no corpo de 30 pacientes mulheres nos Estados do Amazonas e Rondônia.
O processo contra o médico corre na 11ª Vara Criminal da Comarca de Manaus e após faltar as audiências das últimas segunda (10), terça (11) e quarta-feira (12), a defesa apresentou a Justiça um atestado médico de 60 dias afirmando que o médico estaria passando por profunda depressão e estaria em tratamento.
Para a juíza responsável pelo caso, Priscila Pinheiro Pereira, o documento não é válido pois não foi assinado por nenhum especialista da área, que serai um psiquiatra, mas sim por um ginecologista, um obstetra e um radiologista. Além disso, o parecer dado no atestado é vago segundo a juíza, descrevendo a depressão apenas de forma geral.
Também foi informado pela Justiça, que o comportamento do réu e da defesa demonstram apenas vontade de adiar o processo, pois também já foram observados outros comportamentos que levariam a essa conclusão.
Além de anular o movimento da defesa do médico, o TJ-AM por meio da 11ª Vara Criminal enviaram ofício ao Conselho Regional de Rondônia investiga a conduta dos médicos que assinaram o atestado de Carlos Cury.
Nesta terça-feira (18) deve ser ouvida a última testemunha de defesa relacionadas a 11 processos. Então será dado início as alegações finais e em seguida a sentença. Outros três processos foram adiados para 22 de maio, quando se o médico não comparecer poderá ser considerado “revel” nesses processos.
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ASSUNTOS: carlos cury mansilha, depressão, TJ-AM, Amazonas