Ex-diplomata é condenado a 2 anos de prisão por agredir mulher
O ex-diplomata Renato de Ávila Viana, de 42 anos, preso preventivamente desde outubro por agredir a namorada dentro do apartamento funcional onde morava em Brasília, foi condenado a dois anos e três meses de prisão em regime semiaberto por agredir outra mulher, em novembro de 2016. Cabe recurso.
Segundo o G1 Distrito Federal, a decisão foi tomada na última terça-feira (11) pelo juiz Ben-Hur Viza, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Núcleo Bandeirante. O juiz determinou também a apreensão de R$ 55 mil da conta bancária de Viana para indenização à vítima por danos morais.
Na sentença, o magistrado afirma que ex-diplomata confessou parcialmente o crime durante o interrogatório, "ao afirmar que não agrediu intencionalmente" a então namorada. Viana teria dado uma cabeçada na vítima, que perdeu um dente da frente pela raiz e ficou com a mastigação e a fala comprometidas.
Este caso foi uma das motivações da demissão do servidor de carreira do Ministério das Relações Exteriores (MRE), publicada no Diário Oficial da União no dia 20 de setembro. O MRE alegou "descumprimento das normas que disciplinam a conduta pessoal e a vida privada do servidor público".
O crime ocorreu na madrugada de 19 de novembro de 2016 em um motel no Núcleo Bandeirante, em Brasília. Segundo a acusação do Ministério Público, o casal começou a brigar dentro do quarto e Viana agrediu a então namorada "com tapas, murros e puxões de cabelo".
Na ocasião, o agressor ainda teria ameaçado a mulher de morte, dizendo que "iria matá-la, pois não tinha nada a perder, já que descobriu que estava com câncer e que iria morrer de qualquer forma".
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