Ativista vandaliza quadro com pintura de vagina em museu na França
O renomado quadro "A Origem do Mundo" (1866), de Gustave Courbet, foi alvo de vandalismo na segunda-feira (6) no Centro Pompidou-Metz, na França, sendo manchado com tinta vermelha. A obra retrata a silhueta de uma mulher deitada em nu frontal e estava protegida por um vidro, conforme relatado pela AFP.
A artista franco-luxemburguesa Deborah de Robertis foi a responsável pela ação, que recebeu o nome de "Não se separa a mulher do artista". De acordo com a advogada de uma das participantes do protesto, o ato tinha como objetivo se inserir em um "movimento mundial de jovens mulheres artistas de todas as disciplinas".
Outras cinco obras no Centro Pompidou-Metz foram marcadas com a frase "MeToo". Outras duas jovens foram detidas.
Deborah De Robertis explicou que sua intenção era "desafiar a história da arte" ao escrever "MeToo" no famoso quadro de Courbet, "porque as mulheres são a origem do mundo". A mulher também tem uma obra em exposição no museu.
Em 2020, Deborah foi condenada na França a pagar uma multa de 2 mil euros (cerca de R$ 10,9 mil) por ter ficado nua em 2018 na gruta do Santuário de Lourdes. Em diversas ocasiões, ela foi detida por atos semelhantes, incluindo um incidente em 2017, quando se despiu no Museu do Louvre, em Paris, diante do quadro da "Mona Lisa".
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