O delegado Mariolino Brito, do 1º Distrito Integrado de Polícia, solicitou a prisão preventiva do médoco Carlos Jorge Cury Mansilla, acusado de lesão corporal de natureza grave e de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), que teve como vítimas Laureci Fuzari e Maria Aldeniza de Lima Salles.

Carlos Cury - que se passava por especialista em cirurgia plástica - é acusado de multilar várias mulheres que foram operadas por ele  no Hospital Incor.

Na justificativa do pedido de preventiva, o delegado  afirma que atitude do médico evidencia que o mesmo "agiu de forma negligente, imperita e imprudente, sem observar os efeitos danosos de suas ações desastrosas".

De acordo com Mariolino Brito, ao efetuar diligências no sentido de localizar Carlos Cury, para que prestasse depoimento a autoridade policial, descobriu que o mesmo evadiu-se do distrito da culpa, passando a residir em Guajará-Mirim, em Rondônia, Porto Velho.

No pedido de preventiva, Mariolinoinforma ao juiz plantonista que em consulta a Rede Infoseg, descobriu que Carlos Cury responde em Guajará Mirima vários inquéritos policiais, um deles por homicídio.

Entenda o caso

As denúncias contra o suposto cirurgião plástico, Carlos Cury, começaram em maio do ano passado com uma campanha no Facebook, feita pela corretora de imóveis Doris Areal, que em fevereiro de 2010 resolveu fazer uma lipoescultura e uma abdominoplastia. Mas a intervenção cirúrgica, realizado pelo médico, não lhe trouxe a beleza esperada. Doris ficou mutilada e entrou em depressão.

Doris garante que consultou vários profissionais da área em Manaus, mas por indicação de um colunista social e mais os folders dos trabalhos do médico, foi parar nas mãos de Carlos Cury, onde ele disse ser especializado em cirurgia e estética, obesidade e emagrecimento. A consulta foi realizada na Esteticlin.ama, localizada na avenida João Valério, 64, Vieiralves, no São Geraldo, onde começou seu martírio.

Depois de tomarem conhecimento das denúncias de Doris,   Solange Andrea dos Santos Bernardino e de Yara Glaucia Vieira Aguiar,   ingressaram na campanha contra Carlos Cury, revelando que ele também as mutilou. A denúncia foi feita no 1º Distrito Integrado de Polícia, onde o delegado Mariolino Brito já havia instaurado inquérito para apurar as denúncias da corretora.

Vítimas

São vítimas declaradas de Carlos Cury:
Doris Miriam da Cruz Areal,
Claudiane Ribeiro Maia,
Solange Andrea dos Santos Bernardino,
Yara Glaucia Vieira Aguiar,
Naize Nascimento da Silva,
Thanany Marcela Fuzari,
Maronize de Lima Salles,
Ana Ely Sobralino Cavalcante,
Anatercia de Souza Santos,
Ana da Silva Machado,
Domingas Pereira Liboria.