Nem Bolsonaro acreditou na pesquisa DataFolha
Nem Bolsonaro acreditou na pesquisa DataFolha, publicada pelo Jornal Folha de São Paulo nesta sexta-feira. O presidente usou sua rede social para colocar uma interrogação: “Verdade, meia verdade ou fake news?" Provavelmente, meia verdade. A Pesquisa mostra uma subida na popularidade do presidente.
Desde que Hélio Schwartsman, articulista do jornal, publicou artigo no qual disse que desejava que o presidente morresse de Covld, que o jornal, considerado um dos mais sérios do Pais, saiu dos eixos. Apressou-se em dizer que era uma opinião pessoal do articulista, não da empresa, mas criou uma campanha para que todos se vestissem de verde e amarelo em defesa da democracia, além de produzir editoriais defendendo o impeachment do presidente. Ninguém deu bola. Nem a população brasileira, nem o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que tem pedidos de afastamento de Bolsonaro engavetados.
E por que a pesquisa DataFolha preferiu usar o telefone para falar com 2 mil brasileiros ? Porque é o meio mais fácil, mais barato e talvez menos claro de buscar essa meia verdade da qual Bolsonaro fala. E por que ? Por que a suposta popularidade do presidente estaria ancorada no vale-pandemia, que não chegou ao público que tem telefone pôs pago, no caso de celular com banda suficiente para o eleitor falar com um entrevistador do DataFolha durante 20 minutos.
Pesquisas são consideradas sérias, especialmente do DataFolha. Mas também erram.
Bolsonaro teve o ego massageado pela Folha, mas o homem é desconfiado. E, neste caso, tem que ficar mesmo…
ASSUNTOS: Amazonas, bolsonaro em alta, folha se são paulo, pesquisa datafolha
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.