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O dia de amanhã com o Covid -19


Por Raimundo de Holanda

19/03/2020 20h08 — em
Bastidores da Política


  • A 'ideia'de que o vírus não está no ar, mas no outro, é o pior dos pesadelos, pois nos isola do mundo - do pequeno mundo que conhecemos - os irmãos, os amigos, os vizinhos.

O coronavírus impactou nossas vidas e, por mais invisível que seja e mais próximo que possa estar, já nos tornou prisioneiros dentro de casa. E o medo não reside apenas no fato de que é previsível que ele bata à porta em algum momento. Mas também no estrago que está fazendo em nossas vidas:  Não saímos mais, não beijamos mais, não abraçamos os amigos, não nos reunimos com eles e olhamos com desconfiança quem espirra da janela do último andar, como se o ar que respiramos fosse imediatamente contaminado.

A "ideia" de que o vírus não está no ar, mas no outro, é o pior dos pesadelos, pois nos isola do mundo - do pequeno mundo que conhecemos - os irmãos, os amigos,  os vizinhos.

A ideia de viver em grupos e em sociedade, onde todos se toleram ou se amam, acabou. É um por todos e todos por um. Uma fórmula contraditória de preservar a espécie nesses tempos difíceis, em que para sobreviver precisamos nos afastar do resto do mundo…

ISOLAMENTO TOTAL

Por enquanto, pessoas e instituições estão sendo colocadas em quarentena por causa da pandemia. Mas a OMS já especula que cidades e até países poderão entrar nesse isolamento. E sem previsão imediata para uma vacina eficaz, os meses de crise podem se prolongar.

Em todas as partes pessoas se perguntam: como será daqui a um mês com tudo parado? Em toda pandemia, o que mais preocupa é o atendimento de saúde e a produção de alimentos.

E por incrível que pareça, os segmentos mais vulneráveis são os excluídos do trabalho e os informais. Para eles, a quarentena pode ser bem pior do que o próprio vírus.

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ASSUNTOS: Amazonas, amizade, Bolsonaro, COVID-19, Espanha, ITÁLIA, tosse, Coronavírus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.