Wilson Lima precisa decodificar as vaias para governar o Estado
O governador Wilson Lima parece pouco preocupado com a crescente impopularidade. As vaias no desfile de 5 de setembro somam- se a outras manifestações que revelam uma dose de descontentamento anormal, para quem chegou ao governo com a popularidade em alta.
Há um grau de insatisfação de alto risco, já identificado em pesquisas, que precisa ser cuidadosamente avaliado pelas implicações daí decorrentes: a segurança pessoal do governador, e a falta de apoio parlamentar que leva fatalmente ao enfraquecimento do governo.
Na última eleição Wilson conquistou o eleitorado com um discurso inovador e precisa agora, mais do que nunca, apresentar resultados. O eleitorado que votou nele não quer, nem deve, aceitar que é fato o que disse Nelson Rodrigues sobre os mais novos: "O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: o da inexperiência." Isso não deveria se aplicar a Wilson Lima...
PELA AMAZÔNIA - “Tem que ser uma conversa sincera de todas as partes, uma conversa que se discuta política internacional, relação com o mundo e o futuro do país. Qualquer governante de lucidez mediana é capaz de perceber a importância mundial da Amazônia, que faz dela uma região privilegiada e que causa preocupação, se não houver o necessário entendimento por parte do próprio Brasil”.Do prefeito Arthur Neto, no encerramento do 1º Fórum de Cidades Amazônicas, realizado em Manaus,
ESSE GUEDES I - O ministro Paulo Guedes usa o “argumentum ad hominem” (do latim, argumento contra a pessoa) como falácia oficial para criticar o modelo Zona Franca, já que sairia derrotado por argumentos reais. Então, a ZFM torna-se para ele modelo “antieconômico e tudo mal feito”.
ESSE GUEDES II - Guedes nega um fato indiscutível com uma crítica leviana, e não com um argumento de conteúdo. O objetivo é simplesmente ‘atordoar’ os adversários enquanto proclama a vitória.
‘FOGO VERDE - Na questão das queimadas na Amazônia, percebe-se um alinhamento geral dos amigos e aliados de Bolsonaro ao seu discurso, como exemplo o “Fogo verde de Hasselmann”. A líder do governo voou longe das queimadas e proclamou que “a Amazônia não está em chamas”.
MOUHAMAD - O modelo bolsonarista virou case até para quem saiu da linha e seguiu os “Maus Caminhos”. Como o médico da Mouhumad Moustafá, que fez seu depoimento atacando as pessoas das delatoras que revelaram os desvios que ele praticava, comprovados em investigações da PF.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.