Em coletiva nesta quarta-feira (1º), o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, foi questionado sobre a reunião no Palácio do Planalto convocada pelo presidente Jair Bolsonaro, para a qual não foi convidado nem avisado, que contou com presença de médicos intensivistas de grandes hospitais do País.  

A princípio, Mandetta respondeu afirmando que só trabalha com critérios técnicos e com o que é ciência, deixando as questões políticas para quem está nestes cargos. Disse ainda que não proíbe a reunião de ninguém, que as pessoas são livres.  Em seguida, falou a prescrição de cloroquina - assunto que se tornou mais um impasse com o presidente Jair Bolsonaro, que anda recomendando o remédio em suas falas recentes: 

"Querem me trazer sugestão, seja do lado A, B, C? Tragam com ciência, pesquisa e referendado pelo Conselho Federal de Medicina, que é quem vê questão de medicamentos. Medicamento é uma arma que está no arsenal dos médicos (...). A responsabilidade da prescrição e dos efeitos que acontecem é dos médicos. Deles. Pra isso existe uma ciência chamada Medicina. Você faz o vestibular, estuda seis anos, conclui, e você se submete às regras da Medicina. Eu estou obedecendo as regras da Medicina. E é em cima delas que eu vou trabalhar, com técnica. O resto, eu não analiso", finalizou, deixando a coletiva em seguida.

Mais cedo, o ministro foi surpreendido ao saber através de médicos com quem mantém contato, que eles foram chamados para a reunião, deixando o titular do Ministério de fora. Segundo o jornal O Globo. Segundo O Globo, o ministro chegou a aconselhá-los a não topar a reunião presencial, somente online, justamente para não causar uma possível transmissão do coronavírus.

Conforme Andréia Sadi, para o G1, Mandetta teria reagido de forma indignada à reuniãe o Ministério da Saúde avaliou nesta manhã que há uma tentativa de se criar um “governo paralelo” para provar uma “tese” sobre o uso da cloroquina no combate ao coronavírus.