Murilo Benício contou durante o programa “Que História É Essa, Porchat?” que comprou um apartamento assombrado de Adriana Esteves. Os dois interpretaram os personagens Tufão e Carminha na icônica novela Avenida Brasil (2012).

“Eu estava em um momento muito especial da minha vida, minha primeira separação [com a atriz Alessandra Negrini]. A gente estava precisando fazer um lar, um paraíso pra gente, pra valorizar e fazer uma coisa linda. Aí eu comprei o apartamento dela [Adriana Esteves]. E eu acho que ela já tinha um negócio com o cara — o fantasma”, contou.

“No final do sexto mês [após a mudança], estou chegando em casa e o Antônio adorava sair correndo pelo meio do corredor e pular na minha cama. Eu estava indo atrás dele e passa um homem atrás de mim”, continuou.

“Quando eu olhei pro Antonio, ele falou assim: ‘Pai, quem que entrou no meu quarto? O homem saiu do banheiro e entrou no meu quarto’. Aí, eu tive que demonstrar coragem! Eu fui [ver], morrendo de medo de encontrar. Eu entrei no quarto, vazio. Eram 7 portas de armário e, aí, eu fui abrindo cada porta. Comecei a achar que ele estava lá dentro esperando pra me dar um susto”, contou.

“Eu passei por todo esse drama, fui pro meu quarto, tranquei a chave e deitei. Nunca rezei tanto na minha vida. Eu rezando, prometendo que ia rezar todas as noites, mas o Antonio nunca mais poderia ver esse fantasma. Dito e feito. Eu acho que o fantasma ficou com ódio desse meu acordo com Deus”, disse.

Murilo contou que o fantasma ficava atrapalhando suas orações: “Na reza. Ele fazia eu esquecer a letra: eu tô ‘pai nosso, papapa’ e ele passava. Você já tentou pegar do meio de uma reza? E aí, eu tive que rezar do começo pra passar por onde eu parei no embalo. E eu tenho TOC. Pensei: ‘Eu praticamente rezei dois ‘Pai-Nosso’ e uma ‘Ave Maria’, vou ter que rezar outra, vai que ela fica chateada”.

O ator continuou dizendo que já estava até chamando o fantasma de “colega de quarto”. “E essa coisa foi piorando. Resumindo: a última vez que rezei, bebi e parei no ‘parabéns pra você’. Péssimo, errado. Ele ligava o som no meio da noite, aí eu tinha que ir lá desligar. Eu já estava pegando o costume. Eu acordava e a casa inteira acesa! Eu vinha lá do meu quarto desligado, brigando, eu já batia boca com o fantasma. E eu fico chateado porque eu acho que podia ser uma relação boa entre ele e eu. Ele podia ser um fantasminha camarada”.