Pregão realizado à meia noite pela Seduc coloca ‘supercontrato’ nas mãos de uma única empresa
Por Raimundo Holanda -
O pregão de R$ 26 milhões destinado a contratar empresa especializada em prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva nas escolas do Estado, vencido pela Pafil, construtora e Incorporadora, deve ser investigado pelos órgãos de controle. E por seis razões:
1 - É duplamente suspeito. A empresa venceu 11 lotes, numa “disputa”que durou apenas 10 minutos;
2 - A homologação ocorreu 30 minutos antes da meia noite do dia 30 de abril.
3 - Houve uma antecipação indevida de R$ 2,5 milhões para a mesma construtura ainda pela manhã do dia 30, portanto, antes do processo ter sido iniciado.
4 - A Pafil já faturou este ano, com obras em escolas, R$ 8 milhões.
5 - Um alerta do procurador de Contas, Carlos Alberto Almeida, ainda no mês de fevereiro, de que algumas obras eram pagas sem contraprestação dos serviços e que havia fortes indícios de corrupção no Deinfra, departamento responsável pelo acompanhamento de construção e manutenção de escolas, não foi considerado pelo governo e a estrutura se manteve, mesmo com os vícios apontados pelo procurador.
6 - O procurador chegou a dizer, em fevereiro, que o Deinfra era um "covil de negociatas", e defendeu sua extinção. Mas prevaleceu o poder das empresas e os interesses delas originários.
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